29 março 2010

20jan2010

fechar os olhos
desligar o modo viver
ir dentro de nós
sentir o cérebro a flutuar na cabeça
a emaranhar-se em si
respirando como uma medusa
mole, maleável
quente do movimento

olhar o escuro
inspirando
e sentir o ar frio a cruzar as veias e artérias
misturando-se com o sangue que vagarosamente vai correndo

o coração que hesita em bater
palpitando metricamente
agora... aqui... é a úncia coisa que se move
que rouba energia ao corpo
que insiste

o estômago ruge
contorse-se
vazio e frio

o corpo pesa
cansado pesado
longo e alegre dia
que roubou mais umas horas à vida

28 março 2010

natureza morta

hoje de manhã fui com a minha avó à gulbenkian ver a exposição (primeira do género a realizar-se em portugal!!!) intitulada A Perspectiva das Coisas. A Natureza-morta na Europa, que reúne pinturas dos séculos XVII e XVIII. ( http://www.museu.gulbenkian.pt/exposicoes.asp?lang=pt )

está bastante interessante. geralmente neste tipo de exposições (pinturas de séculos antigos) vêem-se sempre quadros onde estão pintadas pessoas, brancas pálidas e com um ar soturno, que eu pessoalmente não gosto. mas nesta exposição não e tal como o nome indica vêem-se frutas, flores, animais e tudo o resto que não seja humano. há quadros realmente espantosos, principalmente os florais, pois os talentosos a
rtistas conseguem tornar as suas flores (quase) mais bonitas que ao vivo. outros têm uma perspectiva e uma luminosidade também impressionantes.

(Natureza Morta com Flores e Frutos, oleo s/tela, Ella Gallup Sumner & Mary Catlin)


um facto engraçado:
na altura havia alguma pobreza e escassez de alimentos, como tal, as famílias com mais dinheiro compravam quadros onde estavam representados alimentos (nomeadamente os alimentos mais caros, carnes, peixes e por aí) que ao olhar, quase enchiam o estômago, isto é, era um festim para os olhos tais pinturas. depois penduravam-nos em suas casas como forma de, lá está, regalarem a alma de misérias. penduravam-nos também como sinal de hospitalidade aos convidados. definitivamente, esses quadros foram os que menos gostei, de forma alguma os teria em minha casa, coelhos e outros tais pendurados de cabeça para baixo e de goela aberta não é decoração que gostasse de ter!

para concluir, soube muito bem um programinha cultural ao domingo de manhã com a avó =)


27 março 2010

experiência

nova (ou não, não sei) ideia:

De repente todos nós sentimos uma fortíssima dor de cabeça, uma estranha sensação nas unhas e quando damos por nós estamos num sítio totalmente diferente. Olhamos à volta e percebemos que… viajámos no tempo. É verdade, estamos mesmo noutro ano qualquer e nem sabemos como. Então! O que aconteceu foi o resultado de uma experiência de deus, um deus qualquer. Ele decidiu enviar todas as pessoas que vivem no presente para o exacto mesmo sítio, numa ano do passado. Ou seja, o presente ficou vazio e toda a gente vai agora passar um mês no local onde vive. Segundo a teoria da experiência, é possível que se tenha ficado desde que o homem existe, que é considerado Homem inteligente (não tenho bem a certeza de quando isso foi, mas digamos que desde a idade das cavernas, talvez um pouco antes de terem descoberto o fogo) até aos dias de hoje.

As pessoas vão tentar integrar-se na sociedade partindo do princípio que teoricamente não existem no sistema (bem depende do sistema, se calharam na idade da pedra duvido que houvesse registo civil ou segurança social).

O objectivo desta experiência, do tal deus que manda em todos nós, seria “abanar” o mundo. Enviar pessoas para outras épocas e fazê-las viver uma realidade completamente diferente poderia trazer benefícios ao presente. Iríamos nós “aprender” algo que nos fizesse talvez perceber que há aspectos urgentes a mudar hoje em dia, no nosso dia a dia? Provavelmente sim… O conhecer outra sociedade ajuda-nos também conhecer melhor a nossa.

Mas e se todos tentássemos mudar, nem que fosse o mais pequeno pormenor, ao mesmo tempo? O caos, muito provável.

isto já dava uma boa história para um livro ou guião para um filme (não hollywoodiano)



vamos ver no que isto vai dar

o girafinha nasceu, vamos ver no que isto vai dar!