29 março 2010
20jan2010
desligar o modo viver
ir dentro de nós
sentir o cérebro a flutuar na cabeça
a emaranhar-se em si
respirando como uma medusa
mole, maleável
quente do movimento
olhar o escuro
inspirando
e sentir o ar frio a cruzar as veias e artérias
misturando-se com o sangue que vagarosamente vai correndo
o coração que hesita em bater
palpitando metricamente
agora... aqui... é a úncia coisa que se move
que rouba energia ao corpo
que insiste
o estômago ruge
contorse-se
vazio e frio
o corpo pesa
cansado pesado
longo e alegre dia
que roubou mais umas horas à vida
28 março 2010
natureza morta
está bastante interessante. geralmente neste tipo de exposições (pinturas de séculos antigos) vêem-se sempre quadros onde estão pintadas pessoas, brancas pálidas e com um ar soturno, que eu pessoalmente não gosto. mas nesta exposição não e tal como o nome indica vêem-se frutas, flores, animais e tudo o resto que não seja humano. há quadros realmente espantosos, principalmente os florais, pois os talentosos artistas conseguem tornar as suas flores (quase) mais bonitas que ao vivo. outros têm uma perspectiva e uma luminosidade também impressionantes.
um facto engraçado:
na altura havia alguma pobreza e escassez de alimentos, como tal, as famílias com mais dinheiro compravam quadros onde estavam representados alimentos (nomeadamente os alimentos mais caros, carnes, peixes e por aí) que ao olhar, quase enchiam o estômago, isto é, era um festim para os olhos tais pinturas. depois penduravam-nos em suas casas como forma de, lá está, regalarem a alma de misérias. penduravam-nos também como sinal de hospitalidade aos convidados. definitivamente, esses quadros foram os que menos gostei, de forma alguma os teria em minha casa, coelhos e outros tais pendurados de cabeça para baixo e de goela aberta não é decoração que gostasse de ter!
para concluir, soube muito bem um programinha cultural ao domingo de manhã com a avó =)
27 março 2010
experiência
nova (ou não, não sei) ideia:
De repente todos nós sentimos uma fortíssima dor de cabeça, uma estranha sensação nas unhas e quando damos por nós estamos num sítio totalmente diferente. Olhamos à volta e percebemos que… viajámos no tempo. É verdade, estamos mesmo noutro ano qualquer e nem sabemos como. Então! O que aconteceu foi o resultado de uma experiência de deus, um deus qualquer. Ele decidiu enviar todas as pessoas que vivem no presente para o exacto mesmo sítio, numa ano do passado. Ou seja, o presente ficou vazio e toda a gente vai agora passar um mês no local onde vive. Segundo a teoria da experiência, é possível que se tenha ficado desde que o homem existe, que é considerado Homem inteligente (não tenho bem a certeza de quando isso foi, mas digamos que desde a idade das cavernas, talvez um pouco antes de terem descoberto o fogo) até aos dias de hoje.
As pessoas vão tentar integrar-se na sociedade partindo do princípio que teoricamente não existem no sistema (bem depende do sistema, se calharam na idade da pedra duvido que houvesse registo civil ou segurança social).
O objectivo desta experiência, do tal deus que manda em todos nós, seria “abanar” o mundo. Enviar pessoas para outras épocas e fazê-las viver uma realidade completamente diferente poderia trazer benefícios ao presente. Iríamos nós “aprender” algo que nos fizesse talvez perceber que há aspectos urgentes a mudar hoje em dia, no nosso dia a dia? Provavelmente sim… O conhecer outra sociedade ajuda-nos também conhecer melhor a nossa.
Mas e se todos tentássemos mudar, nem que fosse o mais pequeno pormenor, ao mesmo tempo? O caos, muito provável.
isto já dava uma boa história para um livro ou guião para um filme (não hollywoodiano)