14 junho 2010

para a dança

hoje nasce um coração
e a mãe desenha.lhe um final feliz
dando tudo e tudo o que não tem.

ele cresce, absorvendo o 'à volta'
e envelhece dando de si o que absorveu.

tornou.se numa 'mais uma alma'
distinta por dentro, igual por fora
deixou uma marca invisível
marcou posição imbatível
amou quem quis ser amado
e por esses amado foi.

coração que nasceu frágil
vazio e pequeno
se tornou neste mundo,
mundo imundo
em apenas alguém.


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cuido de mim para ti
porque o meu corpo cria o teu.

um dia hás.de aparecer cá fora
hás.de ver no meu olhar um brilho ofuscante
e sentir a minha alma a correr sangue quente,
vermelho de amor.

vais crescer e ser tu próprio, mas meu
serás sempre meu.


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dançar com a mente e não com o corpo
ouvir 'a' música e sentir a nossa alma a chocalhar cá dentro
como o coração de um feto que bate dentro de uma mãe.

dá vontade de mexer e de fazer
dá vontade de sorrir e ser feliz.

não há mais nada
somos nós e a música
é a mãe e é o bebé.

fechar os olhos e ir para tão longe

conseguir sentir somente o que a música nos faz sentir
conseguir ser somente o que queremos ser
e fazer nascer outro alguém.

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