13 setembro 2010

"Pensarmos que somos o que queremos ser é uma das formas da felicidade. Mas então aparecem os outros para nos verem sempre de outra maneira e impedirem-nos a construção da nossa personalidade favorita, personalidade muitas vezes mais complexa, por certo, do que a de um personagem de ficção

Era-me impossível não pensar na minha vontade, ainda recente mas já firma, de ser eu mesmo, apesar de saber que eram sempre os outros quem nos criavam. "Não sei quem sou, mas sofro quando me deformam", lembrei-me que dizia com frequência um colega do hospital psiquiátrico de Manhattan."

de Enrique Vila-Matas em Doutor Pasavento

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