27 novembro 2010

"compreender a vida"

quem somos? o que fazemos neste mundo? porquê?
demasiadas perguntas a tentar compreender o sentido da vida, humana e não só.

pondo agora essa questão de parte e partindo para outra.
encontrar o equilíbrio da nossa vivência, na nossa personalidade, nas nossas acções e pensamentos e com isso na nossa coerência.
equilíbrio, se é que isso existe.

o que é o equilíbrio?! será conseguirmos encontrar um balanço perfeito entre o que temos de bom e de mau? será conseguirmos dosear na perfeição (partindo do princípio que perfeição existe) entre o que queremos e o que devemos ser e fazer? a harmonia pura?
acredito que assim conseguiremos ser pessoas coerentes e "mais felizes". como li uma vez: "There can be no happiness if the things we believe in are different from the things we do." (Freya Stark).

acho que conseguimos observar que existe um equilíbrio no planeta, excluindo os humanos com tudo o que temos vindo a destruir. a natureza tem ao longo dos anos vindo a "conseguir" gerir a vida. as espécies controlam.se umas às outras, umas extinguem.se outras evoluem e etc, mas no geral podemos afirmar que o ecossistema do planeta terra é um organismo equilibrado. o que é isto que faz o homem destoar por completo deste sistema???? é a natureza do homem ou é defeito???
e o planeta em si é equilibrado porquê? é suposto ser assim? porquê? é um instinto? foi assim planeado por algum deus? há sequer uma razão?

nesta fase da minha vida tenho como um grande objectivo ser uma pessoa equilibrada, pois tenho uma data de incoerências que me puxam para baixo e verdade seja dita me impedem de conseguir ser e fazer o que acredito e quero. uma das formas de tentar perceber essas incoerências e resolvê.las é, não só através de introspecção mas de conversas com outras pessoas. e tanto essas introspecções como essas conversas me levam a pensar que o equilíbrio é tal coisa inexistente. isto pode parecer um pensamento derrotista mas como vou tentar explicar, talvez não seja.
neste momento não sinto, não acredito que consigo ser e principalmente, sentir, aquilo em que acredito. há algo em mim que não "me permite". por exemplo, por mais que queira ser uma pessoa saudável e acredite que isso é realmente o melhor para mim, a verdade é que não sou. é algo que devo trabalhar para melhorar ou simplesmente render.me ao facto de que é nisso que acredito porque sou assim. estou a andar à voltas... o que vem primeiro? o que sou ou o que acredito em?? devo mudar o que não gosto ou conformar.me com o que sou e gostar de mim assim?? se calhar lá vem a história do equilíbrio outra vez...

posso tentar comparar o tal equilíbrio de que falo a um artista de circo numa corda bamba. depois de muito esforço e treino o equilibrista lá consegue caminhar em perfeito equilíbrio de um lado ao outro da corda. mas se prolongarmos a corda infinitamente não acredito que tal sujeito se aguente até ao final. a corda é então a vida, não que a vida seja infinita, mas é bastante longa.

supondo então que não sou capaz de ser equilibrada, o objectivo passa a ser encontrar o equilíbrio do equilíbrio (soa a redundância). saber lidar com as incoerências e tentar sempre melhor. talvez seja esse o equilíbrio, aperceber.me que tal não existe, mas que esse mesmo é o saber lidar com os desequilíbrios. 
faz sentido?? não me lembro da frase exacta, mas mais ou menos: a nossa vida não os acontecimentos, mas sim a nossa relação com eles. o nosso saber lidar da melhor forma.


foto da net, não me lembro de onde =S

10 novembro 2010

"There can be no happiness if the things we believe in are different from the things we do."

- Freya Stark





fotos da national geographic

07 novembro 2010

The world is not only stranger than we imagine, it is stranger than we can imagine.

- J.B.S. Haldane



it's fucking stranger than we can possible imagine


não sei quem fez isto... mas está giro !

03 novembro 2010

assim a viver...

como a minha velha e sábia prof de matemática, graça gamito, do quinto e sexta ano dizia, aprender matemática é como subir um escadote, se não tens as bases (os degraus de baixo) o esforço que vais ter que fazer para conseguir aprender as matérias mais difíceis (os degraus do meio e seguintes) é muito maior. tens que gastar mais energia para conseguires dar um salto enorme para perceber a matéria mais difícil e seres bem sucedido.




sou um escadote.
as minhas ideias, pensamentos, acções... são os degraus.

sei o que tenho na cabeça, o que penso, o que sinto - os degraus de baixo.
sei o que quero dizer, o que quero fazer, o que quero ser - os degraus de cima.
mas faltam os degraus do meio.
falta uma ligação na concretização concreta.
às vezes sinto que não me consigo expressar exactamente como quero ou sequer expressar de todo, o que sinto. 

não me consigo libertar, estou sentada nos degraus de baixo, pacificamente, apaticamente... ou pendurada, balançando ao sabor dos meus impulsos.

tenho bem definido na minha cabeça o que tenho a atingir, mas aqueles degraus que faltam impedem.me de tal. há um espaço vazio que requer muita energia e preencher ou a procurar o que preencher e perceber como o fazer.
parece que me estou constantemente a tentar esticar para lá chegar, às vezes até ignorando pequenos pregos nas escadas ou outras pequenas ajudas, visíveis ou não tão visíveis. 


ou outra, por vezes fico impacientemente sentada no último degrau ao meu alcance, esperando que alguém me construa os degraus em falta ou que algo invisível me puxe para cima. engraçado que isso até acontece e das duas uma, ou me agarro com muita força aos degraus superiores ou rapidamente me deixo cair para baixo, para o mesmo, para o meu conhecido, para o meu conforto que se torna desconfortável. desconforto esse que parece que precisa de ser saturado para que me dê um vaipe de energia, para que o meu rabo de tão duro que está se queira levantar e fazer algo.


as vezes de tão cansada, farta ou ansiosa que estou nem me apercebo que as ferramentas para construir os degraus estão todas em mim, esperando em filinha para serem montadas, prontas a serem usadas. ansiosa? sim ansiosa, a ansiedade que me tolda a vista, os sentidos, o agir. o que me fecha em mim e não me deixa receber e absorver a energia ou sinais exteriores. sim... porque está visto precisar de aliados... só porque é mais fácil.


isto partindo do princípio que sei o que sinto e penso, porque às vezes o problema começa aí...






mas está.se bem... assim a viver =)